Pedra na vesícula, cálculo biliar, ou colelitíase é um problema de saúde afetando cerca de 10% da população. Qualquer pessoa pode ter pedra na vesícula porém tem fatores de risco que aumentam essa chance, conhecidos como os 4 Fs (Fat, Forty, Fertile, Family).
- Fat: Obesidade
- Family: Histórico familiar de pedra na vesícula
- Forty: Idade acima dos 40 anos
Qual é o motivo para a formação da pedra na vesícula?
O motivo exato de colelitíase não é bem esclarecido ainda, mas de forma geral acontece devido o desequilíbrio dos componentes dentro da vesícula biliar quando a bile contém muito colesterol ou bilirrubina formando os 2 tipos mais comuns de cálculos.
Quais são os Sintomas de Pedra na Vesícula?
Geralmente os sintomas do cálculo biliar começam ou ficam acentuados depois das refeições e incluem:
- Dor de moderada ou forte intensidade ao lado direito da parte superior do abdômen. Essa dor pode migrar para as costas e as vezes para o ombro direito.
- Sensação de enjoo (náusea) ou até vômito
- Estufamento, desconforto abdominal, ou má digestão
Muitas vezes o paciente acha que tem gastrite, faz endoscopia, inicia o tratamento e não melhora. Por isso a dor abdominal na parte superior do abdômen deve ser investigada com Ultrassom de Abdome para descartar a possiblidade da pedra na vesícula biliar.
Em muitos pacientes, a pedra na vesícula não causa nenhum sintoma e a pessoa descobre através do exame de ultrassom ou tomografia abdominal.
Como Posso Saber se Tenho Pedra na Vesícula? Como é Feito o Diagnóstico?
O ultrassom abdominal (ultrassonografia abdominal) é considerado o melhor exame para o diagnóstico de cálculo biliar. Quando o ultrassom é negativo porém tem alta suspeita de pedra na vesícula podemos solicitar a Ecoendoscopia ou ultrassom endoscópico para diagnosticar os microcálculos (pedras pequenas) que não aparecem no exame de ultrassom normal.
A pedra da vesícula pode complicar?
Sim, a pedra da vesícula pode complicar e não apenas causar aquelas dores de cólica biliar. Nestes casos o problema vira uma urgência e o paciente precisa procurar o pronto atendimento mais próximo à sua casa.
1- Colecistite: é o quadro da inflamação aguda da vesícula biliar. Acontece quando a pedra obstrui o canal da saída da vesícula. Isso acontece frequentemente nas pessoas que tem pedras grandes, maiores do que 2 cm.
2- Coledocolitíase: é o quadro da obstrução das vias biliares. Acontece quando a pedra sai da vesícula e fica entupida nas vias biliares. Este quadro leva a elevação da bilirrubina no corpo causando icterícia ou a pigmentação amarela na pele e escleras.
Se não é resolvido rapidamente, o quadro pode evoluir para colangite que é a infecção com bactéria que causa sepse generalizada.
3- Pancreatite: é o quadro da inflamação aguda do pâncreas. Acontece quando a pedra obstrui o canal principal da bile (colédoco) ao nível que recebe o canal do pâncreas, obstruindo o mesmo.
Quando Preciso Operar a Pedra da Vesícula?
Todo paciente que sofre com dores abdominais ou complicações relacionadas à pedra da vesícula precisa da cirurgia de colecistectomia.
Nos pacientes que não apresentam sintomas ou complicações, o quadro precisa ser avaliado junto com o cirurgião para decidir a melhor conduta. Geralmente, levamos em consideração vários fatores como a idade, problemas de saúde existentes e o tamanho das pedras.
Qual é a Cirurgia de Retirada da Vesícula Biliar? O que é a Colecistectomia por Videolaparoscopia?
A única forma para o tratamento de pedra na vesícula biliar é a retirada da vesícula por Colecistectomia. Hoje em dia, a cirurgia de Colecistectomia é realizada por Videolaparoscopia usando 4 incisões pequenas (Confira o vídeo anexado).
Na maioria dos casos o procedimento é simples e minimamente invasivo sob anestesia geral (por intubação).
Ressaltamos que não há tratamento alternativo comprovado na literatura médica (suplementos, remédios para dissolver as pedras, quebrar as pedras, etc...).
A cirurgia por videolaparoscopia tem muitos benefícios comparada a colecistectomia convencional (por corte):
- Pouca dor no pós operatório
- Baixo risco de hérnia incisional (a hérnia que acontece no incisão cirúrgica
- Baixo risco de infecção da ferida operatória
- Recuperação rápida, geralmente com alta em 12-24 horas e volta às atividades diárias em 1-2 semanas.
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